Fazer compras no cartão de crédito de valores maiores e parcelar em vários meses é uma das suas vantagens. Mas, quando não há um controle dos gastos, a fatura a pagar no mês seguinte pode vir bem salgada. Quando não é possível pagar o valor total, uma alternativa é o uso do crédito rotativo.

O crédito rotativo é o pagamento de uma quantia mínima, calculada pelas operadoras de cartão de crédito. O restante da parcela fica acumulado para ser pago no mês seguinte. Mas os juros do cartão de crédito nessa modalidade são muito altos, o que deixa o valor a ser pago ainda maior.

Vamos entender neste post da Melhortaxa o que é o crédito rotativo, qual é a taxa de juros cobrada pelas administradoras de cartão de crédito e por que ele é um perigo para as finanças. Além disso, vamos conhecer a melhor forma de você se livrar dos juros gerados pelas contas em aberto no cartão. 

O que é o crédito rotativo?

Como funciona o crédito rotativo? As administradoras de cartão de crédito oferecem aos clientes um valor mínimo que deve ser pago da fatura que está aberta. Esse valor já vem calculado para o cliente, que escolhe se paga o valor integral ou o mínimo.

Um exemplo: imagine que o valor da fatura deste mês foi de R$ 800, e o mínimo que a administradora aceita como pagamento é de R$ 200. Caso não seja possível pagar R$ 800, você pode quitar R$ 200 e deixar R$ 600 para o mês seguinte. 

O grande problema são as taxas de juros cobradas pelas administradoras, que são as mais altas entre as modalidades de empréstimos. Assim, sobre esses R$ 600 restantes vão incidir os juros, que variam muito entre os bancos e podem chegar a mais de 20% ao mês! Isso além de impostos e dos gastos do mês seguinte.

Crédito rotativo e parcelado são a mesma coisa?

São modalidades diferentes. O crédito rotativo é aquele que o banco mesmo concede (que é o valor mínimo), sobre o qual incidem os juros dos quais falamos há pouco. Já o parcelado é quando o cliente negocia o pagamento do valor da fatura por meio da divisão do valor em parcelas iguais.

Os juros desse parcelamento são menores do que os do rotativo do cartão, mas mesmo assim são bem mais altos que os de empréstimos que os bancos oferecem. Em ambos os casos, o crédito rotativo ou parcelado são bastante arriscados e devem ser usados apenas em casos emergenciais.

credito rotativo

Mudanças na cobrança do crédito rotativo

Como os juros no cartão de crédito são muito altos, várias pessoas adquiriram dívidas enormes por conta do pagamento mínimo da fatura todos os meses. Em virtude disso, em 2017 o Banco Central determinou que o cliente não pode permanecer mais de um mês no crédito rotativo. 

Ou seja: para quitar o restante da dívida, os bancos devem oferecer outra forma de financiamento a juros mais baixos. Uma das opções é o crédito parcelado, que mencionamos há pouco, cujos juros são menores que os do rotativo, mas ainda assim considerados altos. Isso evita que o cliente fique inadimplente perante o banco. 

Até essa determinação do Banco Central, muitos clientes adquiriram dívidas praticamente impagáveis com os juros do crédito rotativo. Uma das consequências mais comuns é a negativação do nome do cliente nos serviços de proteção ao crédito, impedindo a solicitação de empréstimos e financiamentos.

Como pagar o restante da dívida?

Para evitar que essa dívida vire uma bola de neve, você pode fazer um empréstimo a juros mais baixos e pagar o valor restante da fatura. Vale pesquisar os que oferecem melhores taxas de juros e condições de pagamento. Os simuladores de financiamentos podem ajudar na hora de tomar essa decisão.

Mas o ideal mesmo é controlar o uso do cartão de crédito, de modo que ele não se torne um vilão do seu orçamento e das suas finanças. Essa observação deve ser seguida à risca especialmente se você tem um cartão com limite alto. Não nos damos conta, mas pequenos gastos se tornam grandes problemas no final do mês.

Como evitar o uso do crédito rotativo?

As dicas valem mais para evitar o uso constante do cartão de crédito e que o momento da chegada da fatura seja motivo de apreensão. Um dos motivos para se usar cartões de crédito é o parcelamento de valores mais altos. Assim, você consegue comprar algo e dividir o pagamento da dívida.

Mas pequenas despesas vão se somando e viram um grande problema. Por isso, procure ter no máximo dois cartões de crédito, para evitar gastos em demasia. A conta receitas/despesas deve ser positiva, então observe se os seus ganhos cobrem as despesas.

Pague as faturas sempre em dia, para fugir dos juros do cartão. Procure também reduzir o limite disponível de crédito, para que você não se sinta tentado a gastar a mais. Aos poucos, essas atitudes vão ajudar você a colocar as contas na linha e ter mais dinheiro no final do mês.

Veja mais dicas de educação financeira da Melhortaxa!

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